Dia sim, dia não, recebemos informações relativas a falta a de quadros angolanos, falta de homens e mulheres formadas e/o instruídas para responder as crescentes necessidades de um país em constante desenvolvimento, de uma sociedade cada vez mais complexa. Tais informações, porem, são incompletas, visto que justificam com dados claros e consultáveis, a situação dos quadros angolanos dentro e fora do país.
Quem se recorda das brilhantes iniciativas dos Quadros Angolanos no Exterior? Em 1990, realizou-se em Lisboa o 1º Congresso dos quadros angolanos no exterior, seguiram-se encontros em vários países da diáspora, e no fim do percurso, em 2004, realizou-se em Luanda o 1º Encontro de Quadros Angolanos na diáspora. Uma iniciativa salutar que muitos esperavam se repetisse por muitos anos a seguir. A título de reflexão: quais foram as conclusões dos últimos eventos? Quais políticas se elaboraram para dar sequência as conclusões dos mesmos? Quem hoje deve responder por tais questões? O que é feito daqueles que encontraram colocação? São tantas as problemáticas abertas que nem adianta continuar a questionar.
Sem sombra de dúvidas, Angola necessita de quadros. Mas, uma questão surge espontânea: o que se faz para melhor aproveitar os quadros que temos? Existe alguma instituição que se ocupa da localização e avaliação dos mesmos, em vista de possíveis colocações nas várias partes de Angola? O que faz o Ministério da Educação sobre este aspecto? Até quando teremos que esperar para vermos aplicadas algumas das conclusões dos encontros a cima citados?
O capital intelectual não se compra, e constitui "pedra" estratégica na construção de um país que se respeite. A "Trincheira firme da revolução em África" constrói-se com angolanos - e amigos comprovados - capazes de darem o melhor de si por esta pátria. Como podemos liderar a SADC se ainda importamos para Luanda cebola e tomate? Onde estão os milhares de jovens agrônomos que estudaram em Cuba? Eis então a constatação da necessidade de um quadro legislativo sobre este aspecto.
Considerando as várias necessidade do nosso país, vamos esperar trabalhando. Vamos esperar pressionando para que, no mais curto espaço de tempo, o Ministério da Educação unido ao da Juventude e Desporto possam criar políticas comuns em vista da valorização dos quadros angolanos, dentro e fora do país. É junto o momento "Que se crie uma instituição" que vele absolutamente sobre a situação do quadros; uma instituição que tenha dados actualizados sobre as necessidades estratégicas que a nossa econômica e sociedade em desenvolvimento; uma instituição com personalidade jurídica e alta "reputation" de modos que possa sugerir aos jovens em quais campos formar-se em vista da construção de Angola. Os jovens necessitam de orientação.
Angola pode, mas temos que participar.
Cfr. Aprofundamento últil:
- Dados estatísticos sobre a formação de quadros angolanos dentro e fora de Angola. Inclui a história da educação em Angola. http://tinyurl.com/kne25fp
- Notícia da Angop sobre os "Quadros angolanos e condições de vida".http://tinyurl.com/knm823q
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